Diversas
empresas utilizam-se das redes sociais para promover seus produtos e serviços,
fidelizar clientes e, principalmente para acompanhar e medir sua popularidade.
Por outro lado, proíbem que seus colaboradores tenham acesso às mesmas, através
dos computadores corporativos, justificando o uso irresponsável e desenfreado,
comprometendo o desempenho.
Como
tratar com esse contrassenso?
Alguns
radicais poderiam defender que se trata apenas de um, natural e compreensivo,
conflito de gerações.
Esse
dilema é muito antigo e só está ganhando uma roupagem tecnológica. Há muitos
anos, outros equipamentos, como telex, telefone e até o fax, foram
responsabilizados por serem os ladrões da produtividade.
Particularmente,
acredito que a solução passa por uma profunda reflexão sobre conscientização, comprometimento,
responsabilidades, direitos e deveres, e até pelas defasadas leis do trabalho.
Ainda
sofremos de uma herança trabalhista onde, colaborador é, por muitas empresas,
nomeado e tratado como “empregado” e como tal, deve seguir e obedecer a ordens
que lhe são impostas dentro do seu rígido horário de expediente.
O
caminho deve ser construído com a participação de todos. Corporações e colaboradores.
Há uma extrema e imediata necessidade de abertura por
parte das empresas para uma participação mais efetiva, ativa e contributiva dos
colaboradores que crêem plenamente serem capacitados como integrantes pensantes
e que em maioria absoluta, não negligenciam ao trabalho, pelo contrário,
manifestam interesse em contribuir para a realização dos objetivos traçados.
É
preciso criar, ou colocar em prática, métodos mais eficientes de mensuração da produtividade
que propriamente cartões de pontos, bancos de horas, registros nas portarias,
entre outros. Enfim, assumir a responsabilidade de introduzir na cultura das
organizações, ações e profissionais transformadoras, como:
-
Plano de trabalho com metas bem definidas;
-
Programa de treinamento do uso adequado das ferramentas tecnológicas;
-
Campanha de endomarketing de conscientização;
-
Programa de meritocracia transparente, com regras claras de avaliação e; essencialmente,
-
Líderes preparados que saibam inspirar pelos valores e não apenas pelo carisma.
“Quando
você terceiriza a responsabilidade por um feito seu de insucesso, assume que
deu aos outros, o controle da sua vida”.
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